Talvez você pense que, no universo dos quadrinhos de super-heróis, a ciência sempre esteve presente. Afinal, ela é o que impulsiona as histórias e, na maior parte das vezes, a figura do super-herói é fruto de uma invenção científica. Mas nem sempre foi assim. Em 1895, o americano Richard Outcault criou a primeira história do gênero. Chamava-se Yellow Kid e contava com as travessuras de um menino que usava um uniforme amarelo.

 

      Richard inovou ao introduzir balões nas falas dos personagens, marca registrada dos quadrinhos, e, por isso, o mérito é todo seu. No entanto, a ficção científica só foi ser introduzida nos quadrinhos na década de 20. Antes disso, o humor era característica certa. E continua sendo até os dias atuais, por isso comics (como se chamam os quadrinhos em inglês). Com essas especificidades surgiu, em 1938, o super-herói mais famoso do mundo: O Super-Homem. A receita ciência + humor funcionou.

 

      No entanto, nos quadrinhos, a ciência sempre é absurda, transforma-se em mágica. A invencibilidade certamente estará em um dos personagens, mas ela tem uma explicação. Nos anos 30, quando o gênero aventura estava no auge, os Estados Unidos sofriam com a quebra da Bolsa de Nova York (1929). Assim, as pessoas precisavam de esperança, o que a figura do super-herói sempre trouxe. E, quem sabe, esse não seja o maior legado dos quadrinhos de super-heróis para o mundo até os dias de hoje.